Tecnologias

Startup de nanotecnologia vence prêmios com tecnologia que reduz em 99% gasto energético de cadeia produtiva

Startup de nanotecnologia vence prêmios com tecnologia que reduz em 99% gasto energético de cadeia produtiva - Fitec Tec News

A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG) realizou o Prêmio Fieg de Inovação e Sustentabilidade 2025, que faz parte da 2ª ExpoInd. Na ocasião, a Nanoterra, primeira empresa de nanotecnologia sustentável do Brasil, foi vencedora dos dois prêmios em que concorreu: Inovação (Inovação de Produto) e Sustentabilidade (Pequenas Indústrias). O reconhecimento duplo reforça a trajetória da deep biotech goiana, que em 2024 já havia conquistado o prêmio de Sustentabilidade.

Fundada pela doutora em Inovação Farmacêutica, Iara Mendes, e pelo publicitário, Joaquim Araujo, a startup goiana investe em pesquisas que nascem dentro de universidades para desenvolver nanoativos a partir da biodiversidade do Cerrado brasileiro, com aplicação em cosméticos, alimentos, agricultura e outros setores. Para isso, a Nanoterra se volta para o propósito de elevar a usabilidade de matérias-primas ao mesmo tempo em que reduz o impacto e ajuda a conservar o bioma, utilizando um método inovador de nanoestruturação que consome 99% menos energia que processos convencionais.

“Nosso propósito é elevar o valor da biodiversidade conservada por meio de tecnologias regenerativas”, destaca Iara Mendes, CEO da Nanoterra, que ainda participou como painelista da Jornada Nacional da Inovação da região Centro-Oeste durante o evento da FIEG.

 

O potencial de nanotecnologia para a biodiversidade do Cerrado

Entre os produtos desenvolvidos pela startup de nanobiotecnologia está o NanoCurcuma, um aditivo produzido a partir do açafrão extraído pela Cooperaçafrão – cooperativa de produtores situada em Mara Rosa (GO) – que tem benefícios comprovados para a pele e pode ser utilizado na produção de cosméticos. Dentre os benefícios estão a redução de rugas e linhas de expressão, a melhora na elasticidade da pele e a redução de cravos e espinhas. Contudo, mais do que isso, a cadeia produtiva do nanoativo ainda atende a pelo menos oito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) como “5. Igualdade de gênero”, “11. Cidades e comunidades sustentáveis” e “12. Consumo e produção responsáveis”.

Além do NanoCurcuma, a Nanoterra está desenvolvendo uma série de outros nanoativos, incluindo uma substância extraída de rejeitos do pequi, tradicional fruto da culinária goiana, com ação antioxidante.

Inovação e sustentabilidade andam juntas

De fato, o modelo de negócio da startup faz jus à premiação recebida ao combinar inovação científica e impacto socioambiental. Para isso, 5% do lucro líquido obtido pela empresa retorna às comunidades extrativistas, sendo 2,5% para ações ambientais e 2,5% para ações sociais. Cabe ressaltar que o foco do trabalho da Nanoterra está em cooperativas e comunidades locais como ribeirinhos, indígenas e outros.

Mais do que isso, a startup acredita na pesquisa científica desenvolvida dentro da academia e conta com uma equipe formada por pesquisadores de diversas universidades brasileiras. Com isso, a Nanoterra busca atender à crescente demanda por produtos sustentáveis já que estudados como o realizado pela APAS apontam que até 95% dos consumidores brasileiros já priorizam produtos e serviços de empresas que investem em sustentabilidade.

Foto: FIEG/Divulgação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *