Inteligência artificial (IA), aprendizagem de máquina, Internet das Coisas (IoT). Termos que ouvimos constantemente mesmo não sendo da área de tecnologia, mas que estão presentes no cotidiano, especialmente no que se refere à meteorologia, auxiliando na tomada de decisão para estratégias preventivas e não apenas a quem está no campo, mas também nas cidades.
Mas, e quando há quedas de internet, imprescindível inclusive para o recebimento de alertas? Eis que a própria tecnologia se torna uma aliada. Um exemplo é a comunicação via satélite, que assume o papel de manter a conectividade quando todos os outros meios falham.
Tecnologia e conexão disponível
“Infelizmente, eventos climáticos extremos têm se tornado mais frequentes e intensos. Nessas situações, a comunicação via satélite garante que equipes de resgate, órgãos públicos e empresas essenciais consigam operar mesmo sem a infraestrutura terrestre. É a tecnologia que mantém tudo funcionando enquanto as redes tradicionais estão sendo restabelecidas”, comenta Flávio Franklin, diretor Brasil da Globalsat Group, especializada em soluções de conectividade via satélite nas Américas.
Conexão disponível é essencial nesses momentos. Segundo o gestor, o satélite proporciona a comunicação imediata para operações de resgate, apoio às equipes de campo e transmissão de dados essenciais. Isso engloba, por exemplo, suporte a rádios e redes de voz, envio de dados M2M (de máquina para máquina) e telemetria de sensores ambientais, estações remotas, barragens e pontos críticos afetados por fenômenos climáticos, bem como a integração com soluções IoT, o que permite o monitoramento contínuo e rápido durante e após o evento.
Parcerias
As parcerias também são determinantes nessas questões. No setor elétrico, por exemplo, a integração entre áreas de tecnologia, Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), IA e IoT, dados e sensores, unem-se a meteorologistas, engenheiros e operadores, além de startups e empresas de tecnologia para o entendimento das modelagens meteorológicas, os rumos da crise climática e também em soluções para mitigar tais riscos.
É o que acredita Juliano Dantas, vice-presidente executivo de inovação, P&D, digital e TI da Axia Energia, em artigo ao Capital Reset. Para o gestor, o setor tem mecanismos para gerar inteligência, previsibilidade e resiliência diante do avanço dos eventos climáticos extremos, garantido a segurança do sistema, muito embora essa questão seja complexa e desafiadora.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
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