Resíduos

Condomínios incentivam gestão de resíduos e proteção de informações das encomendas

Portarias eletrônicas, aplicativos, gerenciamento de crises, boa convivência. Essas são apenas algumas das demandas que os condomínios se deparam, mas quando o assunto é meio ambiente e gerenciamento de resíduos, os desafios nessas edificações são ainda mais complexos, o que envolve resiliência e conscientização.

E não é para menos, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) calcula que os resíduos orgânicos são responsáveis por quase 20% das emissões globais de metano, um gás até 80 vezes mais potente que o CO₂. Quando um condomínio investe em gestão inteligente de resíduos, contribui diretamente para a saúde da cidade e o futuro do planeta.

Nisso que a parceria é uma grande aliada, a exemplo da startup curitibana Eko Bee, que atualmente atende mais de 100 condomínios, impactando 40 mil pessoas com um modelo de negócio que une logística própria, tecnologia, inclusão social e educação ambiental. Em números, a empresa mensalmente destina corretamente mais de 350 toneladas de resíduos orgânicos e 45 toneladas de recicláveis retornam à cadeia produtiva.

Em alguns residenciais atendidos, o volume enviado ao aterro caiu em até 60% em um ano, afirma Roberto Lopes, cofundador da empresa. “Não é só sobre ter coleta. É sobre ter relatórios claros para apresentar em assembleia, garantir que o condomínio esteja em conformidade legal, reduzir custos e envolver os moradores na separação correta. São sinais de que a gestão está funcionando de verdade”, diz.

 

Dados protegidos nas encomendas

 

Quem nunca descartou aquele pacote recebido ainda etiquetado? Pois além de conter os dados pessoais, essas embalagens possuem itens ocultos, geralmente em QR Codes, com informações ainda mais sensíveis, como CPF e telefone, um “prato cheio” para ações fraudulentas. Pensando nisso, condomínios estão incentivando os moradores que se atentem a picotar essas etiquetas, carimbar ou mesmo riscar esses códigos para evitar dores de cabeça futuras.

No Rio de Janeiro, um condomínio investiu em conscientização com a instalação de placas informativas e treinamento de zeladores e porteiros para multiplicação de conhecimento durante a entrega dessas encomendas e correspondências. Augusto César Ferreira, síndico, ao SBT News, explica que os funcionários foram capacitados a avisar os condôminos sobre o descarte correto dessas embalagens, retirando a etiqueta que contém informações relevantes e que devem ser mantidas em sigilo, como números de documentos.

 

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

 

Foto:  Eko Bee/Divulgação

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