Já falamos aqui que sistemas ERP (Enterprise Resource Planning), CRM (Customer Relationship Management) e Inteligência Artificial (IA) são ferramentas poderosas na mensuração e precisão nas operações a favor dos propósitos ambientais, sociais e de governança. Mais potencializadas são as ações quando empresas fornecedoras dessas tecnologias se unem a companhias que tem o ESG na raiz.
É o caso ESG Now, startup especializada em gestão e automação de dados ESG, e a CIGAM, empresa com mais de quatro décadas de experiência em software de gestão empresarial (tradução para EPR), que firmaram uma parceria para redefinir como as organizações integram sustentabilidade às operações.
“Está no nosso DNA inovar e impulsionar a transformação digital das empresas. A parceria com a ESG Now representa a evolução natural dessa missão, unindo gestão empresarial, tecnologia e sustentabilidade em um mesmo ecossistema”, comemora Robinson Oscar Klein, sócio-fundador e CEO da CIGAM.
ERP conectado ao ESG
O acordo faz com que ambas passem a contar com um fluxo único de informações financeiras, operacionais e socioambientais, permitindo monitoramento contínuo, automação de processos e geração de relatórios ESG auditáveis. Essa, aliás, é uma das principais lacunas de mercado, ou seja, a dificuldade de conectar dados operacionais aos indicadores ESG.
Com a nova solução, o que antes ficava disperso em ambientes distintos, fica agora reunido em um único ecossistema, cujos índices são tratados, cruzados e transformados em indicadores de desempenho e relatórios alinhados às principais normas internacionais. “Ao conectar o ERP da CIGAM à nossa plataforma, estamos eliminando a distância entre gestão empresarial e sustentabilidade. ESG não é mais um relatório anual, é um processo contínuo de tomada de decisão baseada em dados”, explica Elias Neto, CEO da ESG Now.
Trilha ESG com entendimento fácil
Essa parceria é um exemplo de como a união de pessoas, ideias e tecnologias podem tornar o ESG mais acessível, mesmo com seus desafios e complexidades. É não é para menos: uma pesquisa do Sebrae Minas, com pequenos negócios do estado, revela que o conceito ainda é pouco entendido: apenas um terço diz que domina e sabe o significado do termo, enquanto 67% admitem ter conhecimento superficial ou não saber (inexistente) sobre o tema.
“Adotar iniciativas de ESG não apenas como uma obrigação ética, mas também como uma estratégia inteligente para impulsionar a sua reputação e garantir a sua sustentabilidade a longo prazo”, enfatiza Marcelo de Souza e Silva, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas.
Outra informação, noticiada recentemente, é que o Banco Central vai exigir das financeiras mais detalhes sobre pautas ESG e que essas informações sejam de fácil acesso e entendimento, a todas as partes interessadas.
Em suma, pequenas empresas e gigantes do mercado admitem que o ESG é um caminho sem volta, e é necessário um mapa dinâmico para o seu curso, portanto.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
Foto: Divulgação
