Assunto recorrentemente noticiado aqui, as startups verdes, ou seja, que envolvem energia limpa, economia circular, gestão de resíduos e crédito de carbono estão cada vez mais em voga no ecossistema de inovação e começam a se consolidar como parte essencial da nova economia que emerge no mundo.
Uma das novidades vem da Gron Partners, primeira Venture Partner da América Latina com foco na transição energética, lançou um modelo inédito que integra investimento, desenvolvimento de startups e internacionalização desse nicho de negócio. A estimativa é investir R$ 30 milhões até 2028 em 15 empresas, com uma média de cinco novas por ano.
A plataforma combina três pilares: Venture Building, Venture Capital e International Landing, conectando startups a grandes empresas, fundos e políticas públicas, em um modelo colaborativo e orientado por dados, estratégia e impacto. Entidades internacionais como MIT Technology Review, Energy Summit e MIT REAP são algumas das parceiras. “Encaramos a transição energética sob a ótica dos 4 Ds (Descarbonização, Descentralização, Digitalização e Democratização), mas isso só avança quando empresas, governos, startups, academia e investidores aprendem a operar como um ecossistema conectado”, diz Helton Carvalho, CEO da Gron Partners.
Entre desafios e avanços para as startups
De acordo com o relatório “Contribuição do Venture Capital para Floresta e Clima”, da gestora KPTL – Venture Capital e consultoria Impacta, replicado pelo Diário do Comércio, o Brasil conta com mais de 1,8 mil startups de impacto, sendo 1,4 mil voltadas para Floresta e Clima, porém somente 10% dos negócios investidos são focados, por exemplo, em reflorestamento e restauração, o que demanda, entre muitos fatores, mais investimentos.
Henrique Galvani, CEO da Arara Seed, plataforma investidora em startups de Agronegócio (AgTechs) e Alimentos & Bebidas (FoodTechs), destaca que a transição climática é uma questão global, e que financiamento e aceleração são primordiais para que ocorram no tempo presente, indo além das projeções futuras.
Já Amanda Magalhães, gerente de Projetos e Tecnologia do instituto Climate Ventures, ao Fast Company, salienta que o país pode ser protagonista da inovação verde global, sendo o fortalecimento de pontes entre empreendedores, capital e políticas públicas um dos grandes desafios. Para a gestora, inovar com impacto não pode ser entendido apenas como uma tendência, mas uma urgência.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
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