Logística reversa, moda circular, energias renováveis, gerenciamento ESG. O que todas essas áreas têm em comum? Empregos focados na sustentabilidade com propósito. Segundo o levantamento Lugares Mais Incríveis para Trabalhar, realizado pela FIA Business School, e divulgado pelo InfoMoney, indica que 29% dos trabalhadores priorizam o crescimento na carreira como principal fator de atração, além de identificação (20%) e a reputação da empresa (17%), superando a importância do salário no trabalho.
Para Geanede Almeida, engenheira ambiental na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), os pequenos negócios também devem estar em harmonia com essa pauta, tornando-se, inclusive, lideranças de mudanças reais em seus territórios com criatividade, engajamento e soluções acessíveis. “As ações ESG também se conectam aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, uma proposta de desenvolvimento global mais justo, sustentável e inclusivo. Pequenos negócios devemfazer parte, e a transição para um modelo de negócios mais responsável já está em curso”, salienta a especialista.
Oportunidades de trabalho
Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) mostram que, entre março de 2024 e março de 2025, a fonte fotovoltaica gerou 500 mil novos empregos, movimentando R$ 57,5 bilhões em investimentos e evitando a emissão de 27 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO₂).
Mesmo com o cenário promissor, os desafios também são imensos. Augusto Lyra, CEO da Everflow, fornecedora de tecnologia para instaladoras, a questão envolve além de recrutar e treinar equipes, mas coordenar múltiplos times em campo e garantir a rastreabilidade dos serviços prestados, da venda a pós-instalação. Ele salienta ainda que a digitalização entra como aliada estratégica, a exemplo do uso de softwares Field Service Management (FSM) para gestão de equipes externas, pois permitem organizar agendas, monitorar rotas em tempo real, centralizar protocolos de segurança e cumprir exigências regulatórias.
“Seja a uma instaladora que realiza dez projetos por mês ou para uma integradora que coordena centenas de obras em estados distintos, a tecnologia vem se consolidando como peça-chave da engrenagem solar. Afinal, em um setor que cresce exponencialmente e lida com um bem essencial como energia, a eficiência da gestão se torna tão estratégica quanto a potência dos painéis voltados ao sol”, conclui.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
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