As estratégias de comunicação são fundamentais para organizações que aderem ao ESG (do inglês Environmental, Social and Governance, ou meio ambiente, social e governança). São elas que ajudam a divulgar as práticas adotadas, bem como a difundir ainda mais o próprio conceito, corroborando para a conscientização do tema. Nesse trabalho, as agências de assessoria de imprensa desempenham um papel decisivo. Mas, elas podem igualmente ser ESG?
Para a jornalista Patrícia Stedile, fundadora e CEO da Engenharia de Comunicação, aplicar esse conceito pode soar como algo inerente à atividade, pois faz parte da própria essência do trabalho das assessorias. Afinal, é da natureza do Jornalismo a busca por impactar a sociedade, noticiando fatos de utilidade e interesse público, denunciando mazelas e lançando luz a boas iniciativas que inspiram.
Contudo, a prática ESG em uma empresa de assessoria de imprensa e comunicação pode ir além, adverte a jornalista. Internamente, em seu modelo de negócio, é possível assumir práticas que promovam benefícios ambientais, sociais e de governança. “Refiro-me à política empresarial de uma agência, não à sua atividade jornalística, que já cumpre essa função ESG”, explica.
Assessoria de imprensa em sintonia com a sustentabilidade
A agência que dirige a Engenharia de Comunicação, com sede no Paraná, é um exemplo disso e tem procurado exercer as três letrinhas em seu cotidiano. O “S”, de social, por exemplo, é contemplado com iniciativas como a prestação de serviços de assessoria de imprensa, sem custos, a pessoas e instituições que demandam algum tipo de auxílio urgente ou a iniciativas com foco no bem comum.
“Fazemos nosso trabalho atuando como ponte entre instituições sociais e pessoas que precisam de ajuda com a imprensa. Um exemplo recente é a divulgação que estamos realizando de uma corrida de rua em Curitiba que arrecada fundos para hospitais que atendem pacientes oncológicos. Da mesma forma, apoiamos causas individuais, como a de uma mãe que busca auxílio para o filho com uma doença rara. Esses são alguns exemplos das ações que podemos exercer para transformar realidades”, diz Patrícia Stedile.
Quando se trata do “E”, de meio ambiente, a empresa de assessoria tem buscado reduzir ao máximo o uso de papel. “O release impresso foi abolido há muito tempo, prática que já se consolidou no mercado”, assinala. “A assessoria de imprensa é o canal para divulgar o ESG praticado por nossos clientes. Mas, por si só, também deve estar alinhada a esses princípios”, sublinha Patrícia Stedile.
Quanto ao “G”, de Governança no ESG, a agência adota práticas de gestão, ética e transparência em todos os serviços prestados. “Nosso sistema de trabalho, utilizado nas atividades diárias, é aberto para acompanhamento em tempo real pelos clientes, que podem visualizar contatos feitos com a imprensa, gerar relatórios e verificar demais métricas. Cada cliente possui acesso individual, com total segurança e proteção, conforme a LGPD. Além disso, todos os processos de tomada de decisão são documentados, o que garante mais clareza e auxilia também no acompanhamento dos resultados”,
A CEO da Engenharia de Comunicação destaca que as iniciativas das empresas assessoradas servem, muitas vezes, como inspiração e referência para a própria atuação da assessoria. “Podemos colocar nossa expertise e nossa estrutura a serviço de algo maior, fazendo a diferença. Não apenas comunicamos as ações ESG de nossos clientes, mas também incorporamos boas práticas e nos posicionamos, nós mesmos, como uma empresa ESG”.
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