A agenda ESG sigla que reúne práticas ambientais, sociais e de governança tem se consolidado como uma das prioridades das empresas brasileiras. Um levantamento da PwC mostra que 83% dos executivos no país já incorporaram metas de sustentabilidade aos planos estratégicos. Nesse cenário, a tecnologia surge como um vetor essencial para operacionalizar essas ações. Aplicativos corporativos têm permitido o monitoramento em tempo real de recursos naturais, a redução de desperdícios e o incentivo à economia circular, tornando o ESG mais mensurável e efetivo.
De acordo com Rafael Franco, CEO da Alphacode, empresa de tecnologia com unidades em São Paulo, Curitiba e Orlando (EUA), soluções digitais sob medida estão ajudando organizações de diversos segmentos a integrar sustentabilidade à rotina operacional. “Por meio de aplicativos inteligentes, conseguimos identificar gargalos de consumo, conectar estoques excedentes a quem precisa e oferecer uma visão precisa do impacto ambiental de cada operação. Isso transforma o ESG em prática concreta, e não apenas em discurso”, afirma.
Entre os projetos desenvolvidos pela Alphacode estão plataformas que auxiliam na redução de desperdício de alimentos, conectando restaurantes e redes varejistas a instituições de doação, além de sistemas de logística inteligente que otimizam rotas e diminuem a emissão de carbono. Em outro caso, um app de gestão energética permite o acompanhamento do consumo de eletricidade e água em tempo real, ajudando empresas a reduzirem custos e impactos ambientais.
Aplicativos em prol da sustentabilidade
Essas inovações acompanham uma mudança de comportamento dos consumidores. A pesquisa “Sustentabilidade & Opinião Pública”, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), aponta que 88% dos brasileiros já adotam mais de cinco práticas sustentáveis em seu dia a dia, incluindo economia de água, energia e descarte correto de resíduos. “O público está mais atento e cobra posicionamento. As empresas que usam tecnologia para tornar suas ações transparentes ganham credibilidade e vantagem competitiva”, explica Franco.
A transformação digital no campo da sustentabilidade também impulsiona o conceito de economia circular, em que produtos e materiais são reutilizados ao invés de descartados. Aplicativos desenvolvidos pela Alphacode, por exemplo, integram produtores, transportadores e consumidores em cadeias logísticas que reaproveitam insumos e reduzem o impacto ambiental. “O aplicativo deixa de ser apenas uma interface e passa a ser o cérebro operacional da sustentabilidade nas empresas”, complementa o executivo.
A aposta em tecnologia verde também se reflete em números. Segundo relatório da International Data Corporation (IDC), o investimento global em soluções de tecnologia voltadas à sustentabilidade deve ultrapassar US$200 bilhões até 2027, com foco em plataformas de monitoramento ambiental, eficiência energética e automação de processos.
Para Rafael Franco, o movimento é irreversível. “As companhias que entenderem que a sustentabilidade está diretamente ligada à eficiência operacional terão mais fôlego competitivo. Aplicativos são o elo entre o propósito e a execução, transformam dados em ação e ajudam a criar um impacto positivo real”, conclui.
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