Seja para acondicionar cabos, seja para utilização em papéis, as bobinas são um desafio na economia circular. Para driblar tal demanda, empresas que utilizam essa ferramenta estão se unindo a indústrias que cuidam de sustentabilidade para dar um destino novo e útil ao item.
É o caso da Prysmian, especializada em cabos e sistemas de energia e telecomunicações, que se juntou com o Grupo Taesa, realizadora de transmissão de energia elétrica no Brasil, para a logística reversa de 10% das bobinas utilizadas no transportede 890 km de cabos instalados no Projeto Pitiguari, empreendimento em Santa Catarinareferente ao lote 10 do leilão de transmissão nº01/2022, realizado em junho de 2022, 100% controlado pela Taesa.
“A Prysmian é a primeira companhia do mercado a desenvolver um programa de logística reversa de bobinas robusto, com um controle minucioso de todas as etapas. A Taesa foi a primeira transmissora a topar essa iniciativa, o que reforça o compromisso e a disposição das companhias em ir além das suas obrigações, gerando valor por meio de inovações sustentáveis”, afirma Daniel Azevedo, diretor de negócios de PowerGrid na companhia, que, segundo o relatório de sustentabilidade, reutilizou mais da metade dos seus carreteis, 53% apenas em 2024.
Feitos de pinus, os carreteis são reaproveitados (da Prysmian e também de outros fornecedores), conforme o padrão de qualidade e são encaminhados para descarte correto quando estão inservíveis. “O reaproveitamento de bobinas de madeira na construção de linhas de transmissão evidencia nosso compromisso em buscar soluções sustentáveis em cada etapa do processo de implantação. Trata-se de uma iniciativa com potencial de aplicação em todo o setor”, comenta Emmanuel Moraes, gerente executivo de planejamento e engenharia da Expansão da Taesa.
Bobinas de papel
Em proporções bem menores, mas também grandiosa em seus desafios sustentáveis, as bobinas utilizadas em máquinas de pagamento comercial também são parte desse processo. A Getnet Brasil,empresa de tecnologia para soluções de pagamento do grupo global PagoNxt, do banco Santander, tem 100% de suas bobinas sustentáveis entregues aos clientes, que dispensa os tubetes de plástico.
Segundo a Getnet, em torno de 628,1 mil quilômetros de bobinas sustentáveis serão produzidos com papel livre de componentes químicos, conhecido por BPA Free, e, até o momento, 100 toneladas de plásticos já deixaram de ser lançados no meio ambiente. “A retirada do plástico das nossas bobinas e nossas máquinas de pagamento são fabricadas com peças recicladas, o que não somente reduzem o desperdício, mas também promovem um impacto positivo no meio ambiente. Visamos transformar resíduos em recursos, reafirmando nosso papel como líderes em soluções sustentáveis no setor de pagamentos”, comemora Daniela Sanchez, Head de Legal e Sustentabilidade da Getnet Brasil, ao ESG Inside.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
Foto: Prysmian/Divulgação
