Sustentabilidade

Cooperação entre setores público e privado impulsiona ações a favor da sustentabilidade

Cooperação entre setores público e privado impulsiona ações a favor da sustentabilidade - Fitec Tec News

Integração e cooperação entre indústria, governos e sociedade em prol do desenvolvimento sustentável. Esse é o melhor contexto para o enfrentamento da emergência climática, a colocar em prática a transição energética justa e outras questões mais aprofundadas e complexas que envolve o meio ambiente no tempo presente, principalmente a quem está no centro desse cenário: as populações mais vulneráveis.

Para tanto, firmar acordos de cooperação técnica e parcerias entre setores públicos e privados é uma excelente maneira à tomada de consciência. Para se ter uma noção, apenas no estado de São Paulo (SP), muito embora 37% da população seja negra, esse percentual sobe para 55% entre os que vivem em zonas de risco de eventos como enchentes, por exemplo, segundo dados do Instituto Pólis (2022).

“Falar de desenvolvimento sustentável é falar de responsabilidade social. As indústrias têm papel essencial em melhorar indicadores de saúde, educação e oportunidades nas comunidades onde atuam”, destacou Aline Calefi, gerente de Responsabilidade Social do Sesi Paraná, em evento que tratou do tema.

 

Cooperação Governo e indústria

Uma dessas ações foi o acordo de cooperação entre o governo federal e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que objetiva promover a inovação, otimizar procedimentos, ampliar a segurança jurídica e a previsibilidade nos processos de licenciamento ambiental, sem alterar as competências legais dos órgãos envolvidos. “O governo e a iniciativa privada podem fazer o que é melhor para os interesses do país”, disse a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, durante a recente assinatura.

Para o presidente da CNI, Ricardo Alban, o compromisso público-privado é um dos caminhos a serem trilhados para unir desenvolvimento e sustentabilidade. “O licenciamento ambiental é importante ferramenta para que o país se desenvolva com responsabilidade socioambiental”, frisou o gestor.

 

Logística reversa no setor agrícola

Outro exemplo é do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), entidade gestora do Sistema Campo Limpo de logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas, que conta com parceiras com órgãos ambientais públicos de fiscalização.

Licenciar unidades de recebimento, fiscalizar o funcionamento do Sistema e promover ações de educação e conscientização são alguns verbos conjugados por meio da cooperação técnica, sendo essenciais no processo seguro, eficiente e em conformidade com a legislação às embalagens. “A parceria mostra que é possível unir eficiência operacional e responsabilidade ambiental, fortalecendo a confiança entre quem produz, quem fiscaliza e quem cuida do meio ambiente”, conta Marcelo Okamura, diretor-presidente do inpEV e representante da indústria.

Carlos Anderson Pedreira, presidente da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema/SE), acrescenta ainda que a contribuição de órgãos licenciadores e fiscalizadores, que acompanham e orientam cada etapa das operações, além de realizar a rastreabilidade das embalagens.

“Os órgãos têm papel fundamental no Sistema Campo Limpo, sobretudo para a garantia de que toda essa cadeia de logística reversa de embalagens vazias de agrotóxicos funcione de forma segura, eficiente e em conformidade com a legislação ambiental. Em visita técnica recente à uma Central de Recebimento e indústria de transformação em Taubaté (SP), pudemos conhecer de perto o programa que é, hoje, referência mundial”, afirma o especialista.

 

 

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

 

Foto: Darko; Freepik

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